segunda-feira, 11 de maio de 2009

Herança Cultural

Augusto Boal nasceu em 1931, no bairro da Penha, Rio de Janeiro.
Ainda na infância escrevia, ensaiava e montava suas próprias peças nos encontros de família. Em 1950, por um sonho do pai conclui o curso de química na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Boal então vai para Nova York dar continuidade aos seus estudos de teatro na Universidade de Columbia onde aprende direção e dramaturgia com um de seus mestres John Gassner. Seis anos mais tarde, a convite de Sábato Magaldi e Zé Renato, mentor artístico da companhia, Boal volta ao Brasil, para dirigir o Teatro de Arena de São Paulo. Juntos, Boal e Zé, imprimem uma aguerrida força para a ascensão e direcionamento do grupo, investindo na formação dramatúrgica, em laboratórios de interpretação e diversas montagens, o que institui um curso prático de dramaturgia. O arena passa a ser, então, uma revolução estética, contribuindo vigorosamente para a criação de uma dramaturgia genuinamente brasileira.
Através de sua experiência norte-americana, Boal adapta o método Stanislavski às condições brasileiras e ao formato de teatro de arena, dando corpo há uma interpretação naturalista nunca antes experimentada no país. Isso despertou no grupo uma visão ideológica esquerdista, fator esse, predominante, na investigação dramatúrgica e interpretativa das discussões e reivindicações nacionalistas. Para seguir com uma investigação tão peculiar da realidade brasileira, Boal sugere a criação de um Seminário de Dramaturgia. Paralelo a isso, avançam a Bossa Nova e o Cinema Novo, o Brasil vivia um momento de valorização do “tudo nacional”.
Considerado um dos melhores encenadores e um grande ideólogo no panorama paulista, Boal inicia uma investigação voltada para o teatro de Bertold Brecht, que trata de formas não realistas inspiradas nas tradições cômicas e populares a serviço de um esmagador protesto político-social. Após enfrentar os altos e baixos com o Arena, inicia uma fase de nacionalização dos clássicos. Boal, já sem a companhia de Zé Renato, vê anos mais tarde uma efetiva ação do golpe militar, o que o motiva a ir ao Rio de Janeiro dirigir o show Opinião, com Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão (depois substituída por Maria Bethânia). A iniciativa surge de um grupo de autores ligados ao Centro Popular de Cultura da Une – CPC, posto na ilegalidade - Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes e Armando Costa reúnem-se no intento de criar um foco de resistência à situação. O evento torna-se sucesso instantâneo e contagia diversos outros setores artísticos, aglutinando artistas ligados aos movimentos de arte popular. Nascia aí o Grupo Opinião.
Ao retornar de São Paulo, Boal encontra o grupo Arena na reconstrução do histórico episódio Quilombo de Palmares, é nesse momento que se inicia o ciclo de musicais na companhia, dando ao grupo uma nova linguagem.
Em 1965, o Arena experimentou um novo formato de trabalho, onde oito atores revezavam-se entre todas as personagens teatralizando cenas fragmentadas e independentes, enquanto um ator coringa tem a função narrativa de fazer as interligações, as cenas ganhavam um aspecto de grande seminário dramatizado é a partir desse formato que Boal, Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo dão forma ao Arena Conta Zumbi. A música é primordial para o espetáculo, estabelecendo uma conexão entre as cenas, e a trama é generosamente presenteada com tons líricos ou exortativos. A bem-sucedida realização e o sucesso de público determinam novas versões de Arena Conta..., que resultam na teorização do método. No mesmo ano Boal escreve e dirige Arena Conta Bahia, direção musical de Gilberto Gil e Caetano Veloso, com Maria Bethânia e Tom Zé no elenco. Segue-se o texto Tempo de Guerra, seu e de Guarnieri, pelo Oficina, construído com poemas de Brecht, com Gil, Maria da Graça (Gal Costa), Tom Zé e Maria Bethânia, sob sua direção.
A primeira feira Paulista de Opinião concebida e encenada por Boal no Teatro Ruth Escobar trata-se de uma reunião de textos curtos de vários autores, depoimento teatral sobre o Brasil de 1968. Estão presentes peças de Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso, Guarnieri, Jorge Andrade, Plínio Marcos e Boal. O diretor apresenta o espetáculo na íntegra, ignorando os mais de 70 cortes estabelecidos pela Censura, incitando a desobediência civil. Luta arduamente pela permanência da peça em cartaz depois de sua proibição. No mesmo ano, segue-se Mac Bird, de Barbara Garson, uma transposição de Macbeth, de Shakespeare, para o universo norte-americano.
Com a decretação do Ato Institucional nº 5 em fins de 1968, o Arena excursiona pelos Estados Unidos, México, Peru e Argentina. Boal então escreve e dirige Arena Conta Bolivar, inédita no Brasil, que soma ao antigo repertório. Ao retornar com uma equipe recém saída do Arena, Boal cria o Teatro-Jornal, e o grupo demonstra um talento e vigor tão surpreendente que tornam-se o Teatro Núcleo Independente, com uma grande relevância na periferia paulistana dos anos 1970. Porém, o que o Arena não esperava, entretanto, era que seu líder fosse no ano de 1971 preso, torturado e exilado, passando agora a residir na Argentina. Todavia, aproveitando-se de sua estadia com os hermanos, Boal dirige o grupo “El Machete”, de Buenos Aires, e monta de sua autoria “ O grande acordo internacional do tio Patinhas”, “Torquemada”e “Revolução na América do Sul”. Inicia intensas viagens por toda América Latina onde começa a desenvolver a estrutura teórica dos procedimentos do Teatro do Oprimido. Em 1976 muda-se para Lisboa onde dirige o grupo A Barraca, realizando a montagem A Barraca Conta Tiradentes (1977). Dois anos mais tarde é convidado para lecionar na Université de la Sorbonne-Nouvelle, e a partir de 1978 estabelece-se em Paris criando um centro para pesquisa e difusão do Théatre de I ´Opprimé – Augusto Boal. Com a anistia retorna em 1984 ao Brasil onde aplica cursos e desenvolve atividades ligadas ao oprimido, não só no Rio de Janeiro, mas em cidades pelo mundo inteiro, como Nuremberg, Wuppertal e Hong Kong. No Brasil, após seu regresso, dirige o musical O Corsário do Rei, texto de sua autoria, com músicas de Edu Lobo e letras de Chico Buarque em 1985; Fedra, de Jean Racine, com Fernanda Montenegro no papel-título. No ano de 1986, Boal junto a outros artistas populares cria o Centro do Teatro do Oprimido-CTO-Rio, desenvolve projetos com Ong's, sindicatos, universidades e prefeituras. Em 1992 candidata-se e é eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo PT. Após transformar um espectador em ator com o teatro do oprimido, Boal transforma o eleitor em legislador. Utilizando o teatro como política, em sessões solenes e simbólicas. Encaminha à câmara de vereadores 33 projetos de lei, dos quais 14 tronam-se leis municipais. Há cerca de um mês recebeu uma homenagem na sede da Unesco em Paris quando foi nomeado embaixador de teatro. A principal criação de Augusto Boal, o teatro do oprimido, é hoje uma realidade mundial, sendo a metodologia mais conhecida e praticada nos cinco continentes.
Sem dúvidas, Boal foi um homem muito a frente do seu tempo, sua representatividade, não só para o teatro brasileiro, mas em todo o mundo, é de suma importância. É bom para um ator saber que tudo é possível e que ideologias servem para manter vivas as nossas esperanças, com a certeza que o teatro sempre vai nos proporcionar a sensação de poder viver todos os amores, tristezas e prazeres. Sendo assim, jamais deixemos que as barreiras do preconceito e a banalização de nossa arte, venham novamente proferir discursos retrógrados, estipulados por convenções que só aleijam o teatro.
Obrigado Boal, por nos deixar essa herança cultural, que só contribuirá pra o crescimento de nosso teatro brasileiro.

Espetáculos:
- Adaptação

  • 1960 - São Paulo SP- A engrenagem
  • 1963 - São Paulo SP - O melhor juiz, o rei
  • 1963 - Rio de Janeiro RJ - As Famosas Asturianas
  • 1965 - São Paulo SP - Tempo de Guerra
  • 1976 - Rio de Janeiro RJ - Mulheres de Atenas
  • 1999 - Rio de Janeiro RJ - Carmen

- Autoria:

  • 1957 - São Paulo SP - Do Outro Lado da Rua
  • 1957 - São Paulo SP - Marido Magro, Mulher Chata
  • 1958 - São Paulo SP - Martim-Pescador
  • 1960 - São Paulo SP - Revolução na América do Sul
  • 1960 - Recife PE - Marido Magro, Mulher Chata
  • 1961 - São Paulo SP - José, do Parto à Sepultura
  • 1962 - Recife PE - Julgamento em Novo Sol
  • 1963 - Rio de Janeiro RJ - Revolução na América do Sul
  • 1965 - São Paulo SP - Arena Conta Zumbi
  • 1965 - São Paulo SP - Arena Canta Bahia
  • 1965 - Rio de Janeiro RJ - Arena Conta Zumbi
  • 1967 - São Paulo SP - Arena Conta Tiradentes
  • 1967 - São Paulo SP - A Criação do Mundo Segundo Ari Toledo
  • 1968 - São Paulo SP - A Lua Muito Pequena
  • 1968 - São Paulo SP - A Caminhada Perigosa
  • 1969 - Nova York (Estados Unidos) - Arena Conta Zumbi
  • 1969 - São Paulo SP - Chiclete com Banana
  • 1969 - Porto Alegre RS - Arena Conta Tiradentes
  • 1970 - Curitiba PR - Arena Conta Zumbi
  • 1970 - São Paulo SP - Arena Conta Bolívar
  • 1970 - Nova York (Estados Unidos) - Arena Conta Bolivar
  • 1970 - Buenos Aires (Argentina) - Arena Conta Zumbi
  • 1971 - Curitiba PR - Arena Conta Tiradentes
  • 1971 - Buenos Aires (Argentina) - Torquemada
  • 1971 - Nancy (França) - Arena Conta Zumbi
  • 1974 - Nova York (Estados Unidos) - Tio Patinhas e a Pílula
  • 1976 - Rio de Janeiro RJ - Arena Conta Zumbi
  • 1976 - Lisboa (Portugal) - Lisa
  • 1976 - Lisboa (Portugal) - A Tempestade
  • 1977 - Lisboa (Portugal) - A Barraca Conta Tiradentes
  • 1978 - São Paulo SP - Murro em Ponta de Faca
  • 1979 - Paris (França) - Milagre no Brasil
  • 1980 - Paris (França) - Stop: C´est Magique
  • 1980 - Recife PE - Murro em Ponta de Faca
  • 1985 - Rio de Janeiro RJ - O Corsário do Rei
  • 1988 - Porto Alegre RS - A História do Homem que Lutou Sem Conhecer Seu Grande Inimigo
  • 1990 - Estocolmo (Suécia) - Murro em Ponta de Faca
  • 1990 - São Paulo SP - Somos 31 Milhões... e Agora?
  • 1996 - Hong Kong (China) - O Arco-Iris do Desejo
  • 1996 - Porto Alegre RS - A Heroína da Pindaíba
  • 1998 - Paris (França) - A Herança Maldita - Um Boulevard Macabro
  • 1998 - Paris (França) - O Amigo Oculto
  • 2005 - (Portugal) - O Canto do Teatro Brasileiro I
- Direção:
  • s.d. - Paris (França) - Cândida Erendira
  • s.d. - Nada Mais a Calingasta
  • 1956 - São Paulo SP - Ratos e Homens
  • 1957 - São Paulo SP - Marido Magro, Mulher Chata
  • 1957 - São Paulo SP - Juno e o Pavão
  • 1958 - São Paulo SP - A Mulher do Outro
  • 1958 - São Paulo SP - A Valsa dos Toreadores
  • 1958 - São Paulo SP - Society em Baby Doll
  • 1959 - São Paulo SP - A Farsa da Esposa Perfeita
  • 1959 - São Paulo SP - Chapetuba Futebol Clube
  • 1959 - São Paulo SP - Gente como a Gente
  • 1959 - Rio de Janeiro RJ - Chapetuba Futebol Clube
  • 1960 - São Paulo SP - A Engrenagem
  • 1960 - São Paulo SP - Fogo Frio
  • 1961 - São Paulo SP - Pintado de Alegre
  • 1961 - São Paulo SP - O Testamento do Cangaceiro
  • 1962 - São Paulo SP - A Mandrágora
  • 1962 - São Paulo SP - Um Bonde Chamado Desejo
  • 1963 - São Paulo SP - O Melhor Juiz, o Rei
  • 1963 - São Paulo SP - O Noviço
  • 1963 - São Paulo SP - A Mandrágora
  • 1964 - São Paulo SP - Tartufo
  • 1964 - Rio de Janeiro RJ - Opinião
  • 1965 - São Paulo SP - Arena Conta Zumbi
  • 1965 - São Paulo SP - Arena Canta Bahia
  • 1965 - São Paulo SP - Tempo de Guerra
  • 1966 - São Paulo SP - O Inspetor Geral
  • 1967 - São Paulo SP - Arena Conta Tiradentes
  • 1967 - São Paulo SP - O Círculo de Giz Caucasiano
  • 1967 - São Paulo SP - La Moschetta
  • 1967 - São Paulo SP - O Comportamento Sexual Segundo Ari Toledo
  • 1968 - São Paulo SP - O Sr. Doutor
  • 1968 - São Paulo SP - Animália
  • 1968 - São Paulo SP - A Receita
  • 1968 - São Paulo SP - Verde que Te Quero Verde
  • 1968 - São Paulo SP - A Lua Muito Pequena
  • 1968 - São Paulo SP - O Líder
  • 1968 - São Paulo SP - Praça do Povo
  • 1968 - São Paulo SP - Mac Bird
  • 1968 - São Paulo SP - O Negócio
  • 1968 - São Paulo SP - A Resistível Ascensão de Arturo Ui
  • 1968 - São Paulo SP - A Caminhada Perigosa
  • 1969 - São Paulo SP - A Comédia Atômica
  • 1969 - Nova York (Estados Unidos) - Arena Conta Zumbi
  • 1969 - São Paulo SP - Chiclete com Banana
  • 1969 - São Paulo SP - O Que É Que Vamos Fazer Esta Noite
  • 1970 - São Paulo SP - A Resistível Ascensão de Arturo Ui
  • 1970 - Curitiba PR - Arena Conta Zumbi
  • 1970 - São Paulo SP - Arena Conta Bolívar
  • 1970 - Nova York (Estados Unidos) - Arena Conta Bolivar
  • 1970 - São Paulo SP - Teatro Jornal - 1ª Edição
  • 1970 - Buenos Aires (Argentina) - Arena Conta Bolivar
  • 1970 - Buenos Aires (Argentina) - Arena Conta Zumbi
  • 1971 - Curitiba PR - Arena Conta Tiradentes
  • 1971 - Buenos Aires (Argentina) - Torquemada
  • 1971 - Nova York (Estados Unidos) - Feira Latino-America de Opinião
  • 1971 - Nancy (França) - Arena Conta Zumbi
  • 1974 - Nova York (Estados Unidos) - Tio Patinhas e a Pílula
  • 1976 - Rio de Janeiro RJ - Tempestade-Calibã
  • 1977 - Lisboa (Portugal) - A Barraca Conta Tiradentes
  • 1984 - Wuppertal (Alemanha) - El Publico
  • 1985 - Rio de Janeiro RJ - O Corsário do Rei
  • 1986 - Rio de Janeiro RJ - Fedra
  • 1986 - Nuremberg (Alemanha) - Sonho de Uma Noite de Verão
  • 1987 - São Paulo SP - Malasangre
  • 1989 - Rio de Janeiro RJ - Encontro Marcado
  • 1995 - Paris (França) - Ifigênia em Aulis
  • 1996 -Stratford-upon-Avon (Reino Unido) - Hamlet
  • 1996 - Hong Kong (China) - O Arco-Iris do Desejo
  • 1999 - Rio de Janeiro RJ - Carmen
  • 1999 - Rio de Janeiro RJ - O Chuveiro Iluminado
  • 2002 - Rio de Janeiro RJ - La Traviata

- Interpretação:

  • 1960 - São Paulo SP - Revolução na América do Sul
- Roteiro:
  • 1964 - São Paulo SP - Tartufo
  • 1968 - São Paulo SP - Praça do Povo
- Tradução:
  • 1960 - São Paulo SP - A Engrenagem
  • 1978 - Porto Alegre RS - O Inspetor Geral

- Cronologia:
1949/1950 - Rio de Janeiro RJ - Curso de química na Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ 1956 - Nova York (Estados Unidos) - Curso de dramaturgia e direção na Universidade de Columbia
1967 - São Paulo SP - Prêmio Molière pela criação do Sistema Coringa
1981 - Paris (França) - Officier de L'Ordre des Arts et des Lettres - Ministério da Cultura e Comunicação da França
1994 - Medalha Pablo Picasso - Unesco
1995 - Gauting, Baviera (Alemanha) - Prix Culturel - Institut Für Jugendarbeit
1995 - Queensland (Austrália) - Outstanding Cultural Contribution - Academy of the Arts, University of Technology
1996 - Götemborg (Suécia) - Cultural Medal for Creative Arts - Götemborg University
1997 - Estados Unidos - Lifetime Achievement Award - American Association of Theatre in Higher Education
1998 - Barcelona (Espanha) - Premi D´Honor, Institutet de Teatre
1998 - México - Premio de Honor, Instituto de Teatro de México
2001 - Londres (Inglaterra) - Doctor Honoris Causa in Literature - Queen Mary University of London
2002 - Rio de Janeiro RJ - Baluarte do Samba, oferecido pela Escola de Samba Acadêmicos da Barra da Tijuca
2003 - Nova York (Estados Unidos) - Proclamação do Dia do Teatro do Oprimido (Proclamation of the Theatre of The Oppressed Day) - 7 de maio
2004 - Rio de Janeiro RJ - Medalha João Ribeiro, Academia Brasileira de Letras
2005 - Prêmio Chico Mendes - Tortura Nunca Mais
2005 - Rio de Janeiro RJ - Medalha Tiradentes, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
2005 - Santo André SP - Cidadão Santo André - Câmara Municipal de Santo André
2009 - É nomeado embaixador mundial do teatro pela Unesco

- Fontes de Pesquisa:
BOAL, Augusto. Currículo enviado pelo diretor.
BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.
CENTRO de Teatro do Oprimido-Rio. Disponível em: [http://www.ctorio.org.br].
CAMPOS, Cláudia de Arruda. Zumbi, Tiradentes. São Paulo: Perspectiva: Edusp, 1988.
DIONISOS - Teatro de Arena. Rio de Janeiro: MEC-SNT , nº 24, out. 1978.
MAGALDI, Sábato. Um palco brasileiro, o Teatro de Arena. São Paulo: Perspectiva, 1984.
MICHALSKI, Yan. Augusto Boal In: Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.
MICHALSKI, Yan. O teatro sob pressão. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. O palco amordaçado. Rio de Janeiro: Avenir, 1981.
MOSTAÇO, Edelcio. Teatro e política: Arena, Oficina e Opinião. São Paulo: Proposta, 1982.
SANTOS, Renata. A sombra de Carmem. Bravo, São Paulo, n. 20, p. 130-7, maio 1999.
TEATRO do Oprimido (Internacional). Disponível em:[http://www.theatreoftheoppressed.org/en].




Um comentário:

  1. O Brasil está necessitando de pessoas como Boal. A arte por si mesma já é maravilhosa, porém, a arte unida a um próposito encanta e comove. Eu não conhecia a vida de Augusto Boal. Após ler o texto acima, percebi que o importante é jamais abandonar aquilo pelo qual nós somos apaixonados. Tenho certeza que se Boal tivesse desistido, hoje ele seria apenas mais uma pessoa que experimentou a arte.

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